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Soundgarden quer lançar novo CD em outubro

A primeira faixa inteiramente nova do grupo em 15 anos, para a trilha de Os Vingadores, foi um “desafio legal”, diz Chris Cornell

Dan Hyman Publicado em 07/05/2012, às 17h34 - Atualizado às 18h35

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Chris Cornell - AP
Chris Cornell - AP

Chris Cornell estima que o novo disco de estúdio do Soundgarden, o primeiro de inéditas do grupo desde Down on the Upside, de 1996, estava 75% pronto quando os heróis do grunge de Seattle, recentemente reunidos, receberam o pedido para que contribuíssem para a trilha sonora do filme Os Vingadores. "Foi a última faixa composta", Cornell contou à Rolling Stone EUA sobre "Live to Rise", que abre a trilha. A canção foi a primeira composição inédita trabalhada pelo Soundgarden em 15 anos.

Cornell diz que o disco, ainda sem nome, será masterizado esta semana então, para ele, “está pronto. Ele provavelmente sai em outubro", afirma. "Eu diria setembro, mas acho que está mais para outubro. Basicamente acabamos tudo." "Live to Rise", mais pesada, embora não necessariamente represente o som de todo o álbum, "funcionou super bem com o disco", afirma o vocalista.

Logo quando a banda foi abordada com a possibilidade de contribuir na trilha de Os Vingadores, Cornell diz que seu instinto natural foi de usar alguma das músicas já gravadas. "Essa ideia durou uns três minutos. A gente não tinha nada que fosse funcionar direito. Mas parecia que seria um desafio legal tentar compor algo novo."

A vontade de fazer algo customizado se provou mais simples na teoria do que na prática. "Descartei muitas ideias – provavelmente mais do que descarto normalmente. Tinha a sensação de que teríamos que fazer algo mais direto ao ponto em relação ao que costumamos fazer, porque é para um público mais amplo. A ideia era que fosse inteligente em termos de letra e melodia – é uma tarefa árdua dar conta de tudo. Já que tinha começado, queria fazer direito. Mas talvez isso seja um daqueles momentos de 'Chris sendo obsessivo compulsivo'."

Cornell diz que a banda se juntando a um filme blockbuster é um sinal claro de um "novo cenário". "Licenciar músicas se tornou a forma barata para bandas com qualquer nível de credibilidade exporem suas músicas para as pessoas", explica. "Costumava ser o fruto proibido para qualquer banda – se você colocasse sua música em um comercial, estava ferrado. Eu nunca achei que isso fosse um absurdo." Mas Cornell reconhece que alguns sacrifícios devem ser feitos nos novos tempos da música: ele relembra que teve que gravar quatro faixas acústicas ao vivo para seu disco solo mais recente, Songbook, só para que o Wal-Mart o estocasse. "Nem é uma questão de 'faça isso que aí eles colocam o disco na frente da loja', como teria sido há uns dez anos. É 'faça isso senão eles nem vendem'."

Cornell se consola com o fato de que Os Vingadores é um filme que ele e o Soundgarden respeitam e curtem. "Para uma banda como o Soundgarden, ser associado ao filme – levando em conta o que ele retrata e o que entrega – é uma ótima forma de ter um parceiro no mundo do entretenimento que ajude a colocar nosso trabalho na frente das pessoas. As gravadoras não têm mais isso. Não têm esse dinheiro ou os meios. Não conseguem cumprir esse papel. E não vão cumprir esse papel, isso não vai acontecer."