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Encontro Multinacional

Formado por músicos de origem latina, o Stone Giant busca um lugar ao sol na cena norte-americana do rock pesado

Paulo Cavalcanti Publicado em 08/04/2017, às 10h06

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<b>Cidadãos do mundo</b><br>
(<i>Da esq. para a dir.</i>) Pepe Hidalgo, João Nogueira, Pedro Zappa e Sebastian Fernandez: plano agora é tocar no Brasil - Divulgação
<b>Cidadãos do mundo</b><br> (<i>Da esq. para a dir.</i>) Pepe Hidalgo, João Nogueira, Pedro Zappa e Sebastian Fernandez: plano agora é tocar no Brasil - Divulgação

Em 2012, dois jovens estudantes sul-americanos se conheceram na Berklee College of Music, em Boston, Massachusetts. Distantes de suas terras, o tecladista brasileiro João Nogueira e o guitarrista e cantor argentino Sebastian Fernandez acabaram encontrando uma conexão por acaso. “Eu cheguei a uma aula de literatura atrasado, usando uma camisa da Argentina”, relembra Nogueira, nascido em Recife. “Então, o Sebastian veio falar comigo pensando que eu era argentino. Ele estava com uma camiseta do Pink Floyd e conversamos sobre música. Vimos que curtíamos as mesmas bandas.” Depois de irem juntos a um show do Roger Waters na semana seguinte, decidiram montar uma banda.

O Stone Giant começou a existir de verdade quando Nogueira e Fernandez aprovaram o baixista português Pedro Zappa e o baterista chileno Pepe Hidalgo. Rigorosos ensaios vieram e o quarteto começou a tocar no circuito de bares de Boston. Em 2014, o grupo foi selecionado para se apresentar em uma cerimônia de homenagem a Jimmy Page promovida pela Berklee College, na Aggannis Arena. Foi um momento definidor, segundo Nogueira. “Foi surreal. Estávamos juntos há pouco tempo, mas já nos víamos como os representantes do rock lá na Berklee.” Para ele, ter o guitarrista do Led Zeppelin na plateia marcou o início da carreira de maneira especial. “Ver o Jimmy sorrindo e curtindo enquanto tocávamos ‘The Ocean’ foi como ter os deuses do rock and roll nos abençoando logo no começo da jornada”, conta, animado.

Em 2015, o Stone Giant lançou o álbum de estreia, homônimo, gravado em Nova Jersey, no estúdio Water Music. “Escrevemos por volta de 30 canções e escolhemos 12 para entrar no álbum”, relata Nogueira. Eles seguem pelos Estados Unidos divulgando o disco e, segundo o tecladista, a recepção tem sido bastante positiva. “O pessoal está acostumado a uma música adornada de aspectos eletrônicos. Do nada, aparecem uns malucos tocando um som pesado e roqueiro. Os mais velhos se sentem em casa e os jovens se surpreendem.”

O quarteto já se apresentou nas edições chilena e argentina do festival Lollapalooza. “Foi um tesão tocar em um palco como aquele, seguido por bandas como Tame Impala, Alabama Shakes e Eagles of Death Metal”, diz o músico, que agora tem como prioridade trazer o grupo ao Brasil. “No Spotify e na nossa página no Facebook a quantidade de brasileiros é absurda. As pessoas mandam mensagem pedindo para a gente ir. Eu, pessoalmente, me sentiria muito realizado de tocar no meu país. Sou otimista e acho que uma visita ao Brasil pode rolar em breve.”