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Steven Tyler, do Aerosmith, nega acusações de assédio

Julia Misley acusou Steven Tyler de agressão sexual e assédio desde a década de 1970, quando era menor de idade

Redação Publicado em 06/04/2023, às 09h02

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Steven Tyler, vocalista do Aerosmith (Foto: Frazer Harrison/Getty Images)
Steven Tyler, vocalista do Aerosmith (Foto: Frazer Harrison/Getty Images)

Vocalista e frontman do Aerosmith, Steven Tyler negou todas as acusações de assédio a uma menor de idade durante processo aberto recentemente. As informações são da Rolling Stone EUA.

Em resposta às alegações, o cantor emitiu um longo conjunto de defesas com reivindicações, incluindo que a acusadora consentiu no relacionamento sexual e que Tyler tinha imunidade como tutor legal no momento em que as alegações ocorreram. O artista pediu arquivamento do processo.

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A resposta de Tyler, apresentada na semana passada no Tribunal Superior do Condado de Los Angeles, vem três meses após Julia Misley - anteriormente conhecida como Julia Holcomb na época da suposta agressão - acusou o integrante do Aerosmith de agressão sexual e assédio desde a década de 1970, quando era menor de idade.

No processo, Misley alegou como Steven Tyler convenceu a mãe dela a conceder-lhe a guarda quando tinha 16 anos. Ela também afirmou como eles estiveram envolvidos em um relacionamento sexual por cerca de três anos. O processo fazia referência a um livro de memórias de Tyler, no qual o cantor lembrou como "quase levou uma noiva adolescente" e que os pais dela "assinaram um papel para que eu tivesse a custódia, para que eu não fosse preso se a levasse para fora do estado. Eu a levei em turnê comigo."

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O processo inicial explicava como o artista "coagiu e persuadiu a Requerente a acreditar que este era um 'caso de amor romântico.'" O processo também detalhou alegações de que Tyler insistiu para ela fazer um aborto após um incêndio em um apartamento em 1975, quando Misley tinha 17 anos e estava grávida. Ela alegou como a vida dela foi ainda mais perturbada após o cantor mencionar o tempo com uma garota menor de idade nos livros, dando a Misley "infâmia involuntária."

Steven Tyler, representado pelo advogado Shawn Holley, emitiu 24 defesas afirmativas negando todas as acusações. Entre elas, alegou como as "reivindicações de Misley são barradas no todo ou em parte pelo consentimento do autor" e "por causa da imunidade ou imunidade qualificada ao réu como cuidador e/ou tutor."

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O vocalista do Aerosmith também alegou como Misley "não sofreu ferimento ou dano como resultado de qualquer ação do Réu," e afirmou que "se for determinado que a Requerente foi danificada, então tais danos não foram causados ​​pelo Réu."

Steven Tyler alegou como a suposta conduta – presumivelmente escrevendo sobre a experiência em suas memórias – está protegida pela primeira emenda. Tyler também disse como as acusações estão proibidas devido ao estatuto de limitações das reivindicações, mas Misley entrou com a ação durante uma janela retrospectiva da Lei de Vítimas Infantis da Califórnia, legislação de 2019 responsável por permiter que sobreviventes de agressão sexual na infância apresentassem as denúncias, independentemente do estatuto de limitações. Essa janela fechou em 31 de dezembro de 2022, dias depois que a suposta vítima entrou com a ação pela primeira vez.

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Em um comunicado, o advogado de Misley, Jeff Anderson, chamou a resposta de Tyler de “gaslighting”, alegando ainda que o cantor está “usando uma tutela legal falsa para evitar processos por crimes sexuais."

Ele está acumulando mais dor em Misley e a manipulando ao alegar falsamente que ela ‘consentiu’ e que a dor que ele infligiu foi 'justificada e de boa fé.' Nunca encontramos uma defesa legal tão desagradável e potencialmente perigosa quanto a que Tyler e seus advogados lançaram esta semana: a alegação de que a tutela legal é consentimento e permissão para abuso sexual.