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Bolsonaro atacou imprensa 87 vezes no 1º semestre de 2021, diz ONG

Relatório da ONG Repórteres Sem Fronteiras apontou que ataques de Bolsonaro à imprensa aumentaram 74% em relação ao 2º semestre de 2020

Redação Publicado em 28/07/2021, às 10h49

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Jair Bolsonaro (foto: Andressa Anholete, Getty Images)
Jair Bolsonaro (foto: Andressa Anholete, Getty Images)

Jair Bolsonaro (sem partido) atacou a imprensa, pelo menos, 87 vezes no primeiro semestre de 2021. Segundo relatório da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgado nesta quarta, 28, o número representa um aumento de 74% em relação ao segundo semestre de 2020.

Segundo informações da Folha de S. Paulo, em comparação com os outros agentes monitorados pela ONG, Bolsonaro foi o que mais atacou a imprensa. O total de agressões monitoradas por autoridades públicas do alto escalão foi de 331 — aumento de 5,4% relacionado aos últimos seis meses de 2020.

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A família Bolsonaro foi responsável por 293 (88%) do total de ataques: 84 do presidente, 85 agressões do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), 83 do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e 38 ataques feitos pelo senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ).

Os ataques de Bolsonaro a veículos e jornalistas desde o início do mandato fizeram com que o presidente entrasse na lista de chefes de Estado considerados predadores da liberdade de imprensa, segundo a ONG.

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Emmanuel Colombié, diretor do escritório regional da ONG RSF para a América Latina, disse à Folha sobre as ações do presidente brasileiro: "Tensões entre governos e a imprensa não são novidade. Mas, com o presidente Jair Bolsonaro, vemos um ponto de inflexão, os atritos esporádicos foram substituídos por uma política deliberada de desmoralização e ataques sistemáticos ao jornalismo promovidos por autoridades das mais altas esferas de poder. A normalização desse cenário é um ataque aos princípios básicos da democracia."

Segundo o diretor, o levantamento da ONG representa a violação de compromissos do Brasil sobre a liberdade de expressão: "O Estado tem a obrigação de prevenir episódios de violência contra a imprensa, o que inclui adotar um discurso público que não aumente a vulnerabilidade dos jornalistas diante dos riscos aos quais estão confrontados. O governo brasileiro age de forma diametralmente oposta."

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Procurada pela Folha de S. Paulo, a secretaria de comunicação da Presidência não respondeu à reportagem sobre o levantamento da ONG Repórteres Sem Fronteiras em relação aos ataques à imprensa.


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